domingo, 24 de outubro de 2010

A dor que chega aos céus




















Aquele sentimento de novo
Aquela emoção vazia
Aquele mal estar de estar só.

Perdido entre os seres, escondido dos sonhos
Sem razão de viver.
Onde encontrarei o meu ser?

Não há a outra metade de mim?
Os planos traçados foram enfim apagados.
Sentimento doente, razão indiferente.
Dor inerte, sem sentido, de mim verte.

Pra onde fugir de sí mesmo?
Aonde lançar todo peso?
O que fazer pra ser enfim?

Que os céus ouçam minha oração:
Deixem-me só!
Aos gritos exclamo:
Deixem-me só!

Logo ei de não existir.
Logo ei de cair.
Enfim ei de fugir de tudo e todos, de mim.



Flávio Limas

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