sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ainda que tudo acabe

















Estou sempre aqui, e aqui eu vou ficar.
Não tenho medo de existir
Tenho medo de te deixar.
Deixar com que se vá pra longe, e que não volte.

Tenho medo dos meus monstros, dos meus sonhos.
Medo do presente, do agora e do amanhã que tanto demora.
Escuro e frio, dentro e pra cima, do lado de um rio.
Sem vida, amor, sonhos calor.

Onde eu me abandonei?
Onde será que eu me perdi de mim?
Quando será que eu sonhei?
E agora, onde está o meu fim?

Já não posso lutar!
Já não posso existir!
Permita-me fugir pra longe de mim!

Sei que os sonhos foram doces.
Mas minha vida não é feita de flores.
Chegue mais perto, mais perto de mim,
Encoste seus ouvidos em meu coração
Ouve? Este é o início do meu fim.




Flávio Limas

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