quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Desconjuro-te
















Deixa-me ser ninguém sozinho.

Não quero mais te procurar nem ao menos te encontrar.
Deixa-me ir pra longe de mim onde eu possa me calar.
Desistir de viver é a melhor opção pra mim.
Essa dor aumenta dentro do peito,
Ela é tão grande eu me sinto tão imperfeito.
Minhas defesas atacam continuamente;
Eu grito pela minha vida!
Eu luto sozinho diante da frustração!
Odeio a dependência.
Desprezo a existência.
Desconjuro toda a criação.
Enfio facas em mim!
Amarro-me ao fim.
Entrego-me enfim.
Odeio-me. Enojo-me. Envergonho-me. Humilho-me.
Por acreditar nas palavras.
Por acreditar em meu coração.
Por desprezar os olhos da fúria.
Que frio. Que dor.
Que vida. Cadê o amor?
Arrependo-me por nascer.



Flávio Limas

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