domingo, 7 de setembro de 2008

A Desgraça de Isac





















Era simples seu caminhar.
Não precisava de tanta coisa,
Uma companheira, uma estrada, um destino.
Era tudo o que ele queria pra viver.

Mas algo aconteceu em seu caminho,
Encontrou alguém, que desde o princípio
Sabia que, Isac nunca mais seria o mesmo.
Ele encontrou Jesus.

Então Jesus lhe disse:
Filho tens dois caminhos.
Aonde tu fores eu irei contigo,
Estarei sempre te olhando.

Então, lhe apresentou os caminhos:
Um cujas árvores eram secas, sem flores,
Uma estrada de terra, sem vida.
Maltratada pelo tempo, e pela espera.

O outro, com flores lindas, perfumadas,
Toda esfaltada e com uma bela passarela.
Com árvores verdes, com frutos maduros,
Com muita fartura e prosperidade.

Isac tinha dois caminhos,
Mas um só destino.
Pensou, repensou, refletiu. Descobriu!
Escolheu o caminho de terra, que seguiria com Jesus.

Começou a andar e seus pés descalços já doíam.
Um vento gelado bateu em seu rosto, alvoroçando seus cabelos,
Seus sonhos, seus planos, já não faziam mais sentido.

Nesse momento veio uma pergunta em sua mente,
Leve, suave, concisa, porém verdadeira:
Será que valeu a pena ter escolhido um caminho tão difícil a seguir?
Será que devo prosseguir?

Seria tão mais fácil ir pelo outro caminho,
Pelo menos eu teria o que comer,
Meus pés não iam doer tanto.
Pelo menos eu estaria feliz.

Isac não podia entender o caminho que havia escolhido.
Por um instante pensou que havia escolhido o caminho errado,
Porém, Jesus se apresenta a ele como nunca antes.

Ele, o próprio Jesus, abre o seu coração.
Revela os segredos mais íntimos,
Que, junto com o Pai e o Espírito Santo,
Haviam planejado para ele.

Jesus começa a lhe dizer:
Seus pés estão doendo por que você está andando,
Eu não te fiz para andar,
Fiz-te para correr.

Seu corpo dói,
Por que você não me deixou
Deitar-te em meu colo,
Querido, você precisa dormir.

Isac, quando eu lhe ofereci dois caminhos,
Sempre quis que você escolhesse esse.
Sempre soube que ia ser mais difícil.
Mas eu queria ver como você agiria diante dessas situações.

Quando eu o vi debaixo daquela árvore seca,
Chorando, com fome e com frio.
Eu chorei com você,
E orei ao Pai com gemidos inexprimíveis.
E pedi misericórdia.

Filho, eu te dei asas pra voar.
Filho, eu te dei um coração pra me amar.
Filho, eu te dei sonhos pra realizar.
Filho, eu sonhei com seu sorriso para me mostrar.

Eu sou o Deus do impossível!
Eu que digo tanto o sim quanto o não.
Eu sou o Deus dos deuses.
Eu sou Eu sou.

Então, Isac caiu em si.
Entendeu que quando ele sonhou nada deu certo.
Aprendeu a entregar seus sonhos ao Senhor.

Por mais que ele se sentisse como uma árvore seca.
Jesus sabia a vida que aquele casco escondia.
A seiva ainda estava lá.
A chama ainda não havia apagado.

E por mais que ele mesmo não visse,
Sempre esteve lá.
E sempre estará.
Até a consumação das promessas e dos séculos!

Então Isac entendeu.
Que a desgraça aqui vivida,
Não se pode comparar com a glória vindoura,
E a bela coroa que vem da Eternidade.



Flávio Limas

Um comentário:

I.R.A disse...

Esqueceu de falar pros nossos amigos que lêem seus admiráveis poemas que foi um poema "Baseado em Fatos Reais"

Me sinto honrado de ter minha história num poema do Flávio!!!!

poxa... sinceramente...
Chorável... até porque é a minha história...

Te amo Flávio111