Um menino nasceu,
E com ele uma dor.
A rejeição para sempre o marcou
E a sua vida, de forma eterna mudou.
Em seus olhos que outrora eram de amor,
Agora só se vêem o vazio e o rancor.
O coração que um dia de alegria pulou,
Desfalece aos poucos com medo e temor.
Sua primeira palavra ele não soube falar;
Tantas coisas ele podia expressar;
Papai, mamãe, “papá”
Mas preferiu deixar o silêncio explicar.
Sua boca nunca se abriu,
E o amor ele nunca sentiu.
Sua lepra logo todo o corpo tomou,
E suas feridas ele mesmo aumentou.
Mas a vida tem quadras e esquinas,
Ela faz curvas e dá voltas.
Lançou-o na mais profunda escuridão,
Para que uma luz pudesse enxergar.
Viu de longe braços de amor.
Segurança? Respeito? Carinho?Amor?
Atônito, simplesmente esperou.
Aqueles braços o envolveram,
E em seus ombros ele se encostou.
Um perfume singular,
Palavras soltas pelo ar.
Lágrimas rolando e pingando no chão.
Enfim, chegou o fim da rejeição.
De repente um beijo lhe toca a face,
O silêncio mais uma vez é quem fala.
As palavras não saberiam expressar,
Portanto cabe aos olhos demonstrar.
Sensação envolvente,
Curou uma alma doente.
A vida não soube explicar.
A morte não pode evitar.
O seu sonho, realidade tornou;
Descobriu o amor e a ele se entregou.
Olhou os olhos do seu Pai,
Que em sua face um sorriso pintou.
Flávio Limas
3 comentários:
*.* é tão bom sentir Papai pertinho, e principalmente, sempre lembrar destes momentos em que nos sentimos seguros em Sua presença.
Porque quando estamos novamente perdidos e submersos em um ambiente totalmente sem amor e sem qualquer coisa a que se segurar, nos lembramos que Ele está ali =)
Te amo, amigo =)
Muito bom Flávio!
O layout está ÓTIMO, mas com certeza os textos falam mais alto!
Que Deus possa te usar mais e te tocar mais!
beeijos
Muito bom poema Flávio. Parabéns.
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